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sabes o quanto tudo isto me fez crescer? pois, ninguém faz ideia, apenas eu, mas sabes? cresci tanto mas quase não sofri, que estranho, ir jurar que crescer era sinónimo de sofrimento, mas pelos vistos nem  sempre.
tenho a noção que nada disto acabou, apenas mudou, não muito, talvez só um pouco, mas a mim fez-me mudar muito e perceber tanta coisa.
mas não compreendo nada disto, era suposto estar mal? ou estar bem? pareço alguém que já não sabe nada  e que só não quer mudar mais, que só quer viver, é verdade eu só sonho em ser feliz. mas toda a gente sonhas com ser feliz não é? é, e eu não quero ser vulgar. só quero que deixe de ser um sonho, que alguém torne isso uma realidade.
e está ai o meu maior erro. ai mesmo em cima, como posso eu deixar que a minha felicidade dependa de alguém, como posso ser um burra a esse ponto? estou num mudo em que as pessoas vivem para elas não para as outras, e eu continuo sempre a pensar mais nos outros que em mim, e é por isso que depois espero tanto deles, é por fazer tudo por eles que espero que um dia eles vão fazer algo por mim, mas não. iludo-me sempre, com tudo, e com todos, e depois admiro-me de me desiludir, que parva eu, afinal a culpa é toda minha e solução parece mesmo ser só uma: voltar ao que era, a ser a Inês fria, que não sorri, que não sente e que por isso também não se magoua, mas sei que se o fizer vou desiludir quem menos merece, quem nunca me fez mal e se calhar quem hoje me faz sorrir.
fugir não é solução para os fortes? então eu sou fraca, não sei o que fazer, e ando meia fugida do mundo inteiro, ando fugida de tudo até daquilo que me faz bem.